A Patrícia Fonseca escreve hoje um artigo na Visão, sobre o salmão transgénico, cuja leitura recomendo vivamente. No entanto, houve uma coisa que me deixou a pensar. Diz ela que o salmão é o primeiro animal transgénico para consumo humano, o que para mim foi uma surpresa. Estava convencido que já havia um cherne, que alimentou a cobiça de Bush, Blair e Aznar, a viver num aquário em Bruxelas!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Pecadilhos consumistas
Não sou consumista. Nunca corro atrás das novidades, não faço fila para ser o primeiro a adquirir o último sucesso de um escritor ou de um músico, só compro roupa por necessidade, não compro por impulso excepto... quando entro numa livraria. Tenho a casa cheia de livros que ainda não li, não sei se algum dia chegarei a ler, mas não resisti a comprar.
Tenho, no entanto, os meus pecadilhos consumistas. Sou vidrado em relógios ( de pulso e de parede) e tarado por canetas. Não sou coleccionador- longe disso- mas tenho uma razoáve colecção de relógios, cuja maioria foi adquirida em mercados de rua na Tailândia. Ao olhar de não especialistas na matéria- que é o meu caso- estes relógios contrafeitos ombreiam condignamente com relógios de marcas conceituadas. Não valem nada, mas dão-me prazer à vista.
Diferente é o caso das canetas, cuja "colecção" foi construída graças a amigos e familiares. Nunca comprei uma caneta de contrafação, por isso, a maioria das vezes limito-me a olhar para elas com ar embevecido, sem coragem para pagar umas largas centenas de euros por um objecto que quase já não uso. Ontem, estive quase a comprar uma belíssima Pelikan mas perguntei-me quantas vezes teria a oportunidade de a usar. Acabei por deixá-la na montra e quando regressei a casa escrevi este post directamente no computador. Ao contrário do que seria desejável, não fiquei satisfeito por ter resistido à tentação. Fiquei triste pelo facto de as canetas serem um objecto em vias de extinção.
Vá, confessem lá... quais são os vossos pecadilhos consumistas?
Há coisas que me irritam, pá!
O funcionário sorriu e mandou-me voltar no dia seguinte.Quando cheguei ao banco ( Pinto e Sotto Mayor), fui atendido por um "graduado" que, depois de fazer a apologia do recurso ao crédito durante uma boa meia hora, sem me conseguir demover, acabou por me dizer que podia estar descansado. O banco passaria a declaração de que não havia razão para duvidar da proveniência do meu dinheiro. Respirei fundo. Da noite para o dia passara de potencial corrupto a homem honesto.
Foi nesse dia que percebi que em breve ia regressar a um país, onde cada cidadão corre o risco de ser considerado corrupto, por não se querer endividar, mas muitos dos que vivem à conta do crédito bancário pavoneiam-se descontraidamente pelos lugares mais “in” do país e estrangeiro. Não sei se compraram as suas casas com recurso a crédito bancário, ou se o seu ar de credibilidade lhes serviu de aval.
Depois deste episódio estive a pensar durante cinco anos se devia regressar definitivamente a Portugal. Pensei demais e, hoje em dia, penso que decidi mal. Nada que não se resolva com uma nova partida. É que não gosto de viver num país onde um normal cidadão fica sob suspeita, pelo simples facto de não querer endividar-se, e os trafulhas que nos atiraram para esta situação, continuam a ser apaparicados pelo governo. Mas isso ainda seria o menos mau. Há coisas bem piores que me aconselham a olhar para este país - e para a Europa em geral- apenas como um eventual destino de férias.
Onda laranja
Não me admira que, com tanto alerta laranja, os portugueses comecem a pensar votar no PSD, mas parece-me que anda por aí mãozinha de Pedro Passos Coelho, que deve ter um patrocínio da Meteorologia para promover a sua candidatura.
Postais de férias (6)
