
domingo, 4 de julho de 2010
A inutilidade dos patrões
Com a eliminação da Argentina acabou-se o futebol de magia, a ingenuidade do ataque puro, o idealismo. Ganhou (bem) a Alemanha e ficou claro que, tal como na vida, o calculismo e a táctica vencem a utopia e o idealismo.Mas a excelente carreira da Alemanha também serve de pretexto para uma outra reflexão.
Quando Ballack - o "inquestionável" patrão da Alemnaha- se lesionou e ficou impedido de dar o seu contributo à selecção neste mundial, quase todos os comentadores foram unânimes em afirmar que a Alemanha perdera metade do seu potencial. Puro engano. Sem Ballack a equipa tornou-se mais forte e emergiram jogadores como Özil ou Müller que transformaram a Alemanha numa verdadeira máquina de jogar futebol.
Os grandes craques e patrões das selecções como Messi, Ronaldo ou Kaká, não estiveram na África do Sul e as suas equipas não foram longe na prova. Ficou, em minha opinião, demonstrado que as selecções que vivem de um patrão também têm os dias contados. O futebol sempre foi um jogo colectivo e é bom que continue a sê-lo. Já escrevi, várias vezes, que se Cristiano Ronaldo não se tivesse lesionado, Portugal não se teria apurado para a África do Sul. O desenrolar da prova parece ter-me dado razão. Nas equipas que vão às meias- finais não há patrões. Há colectivos. Valha-nos isso.Tudo aponta para uma final Holanda- Alemanha, mas nunca fiando...
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