Hoje celebrou-se o Dia da Terra.
Como notícias do dia escolhi a assinatura do Acordo de Paris, e a divulgação de que pelo menos 16 marcas de automóveis ( que representam a quase totalidade do mercado) aldrabam as emissões poluentes.
Quer isto dizer, portanto, que podem ser assinados muitos acordos, mas as empresas depois não cumprem e fica tudo na mesma. Ou melhor, governos e instituições insistem em avisar-nos que devemos mudar os nossos comportamentos para garantir a sustentabilidade do planeta.
Pessoalmente, contribuía ainda mais do que o que já faço, se os governos não fechassem os olhos aos desmandos da indústria, contribuindo assim para que um simples acto de consumo seja insustentável. Querem apenas um exemplo? Continua a ser permitida a utilização de produtos extremamente tóxicos na cadeia alimentar, porque há países que se opõem à sua proibição.
Nada de novo. Em 1964, Rachel Carlson divulgou a toxicidade dos pesticidas ( particularmente o DDT) e os seus efeitos nefastos nos ecossistemas, mas só 8 anos mais tarde começou a ser equacionada, nos EUA, a proibição desses produtos.
Meio século depois, a indústria continua a impor as suas regras e os governos a obedecer às suas ordens. Resta-nos remar contra a maré e cumprir a parte que nos compete. Não só nos Dias da Terra, do Ambiente, ou da Água, mas todos os dias do ano.