Ainda sou do tempo em que os depósitos à ordem nos bancos eram considerados um empréstimo e, por isso, o banco remunerava-os pagando juros. Baixos, é certo, mas cumpriam os mínimos de valorização do empréstimo.
Com o decorrer dos anos esse pequeno juro passou a ser parcialmente comido pela cobrança de uma taxa de manutenção da conta.
Os governos pouco ou nada fizeram para garantir que as taxas sobre os depósitos à ordem se mantivessem a um nível razoável. Pelo contrário, fecharam os olhos e permitiram que fossem crescendo de forma lenta.
Agora, perdida a vergonha e com o freio nos dentes, os bancos aumentaram desmesuradamente essas taxas ( nalguns casos os aumentos chegam a 200%) o que em muitos casos significa que o dinheiro depositado à ordem deixou de ser considerado um empréstimo, para passar a ser visto como um serviço que os bancos prestam aos depositantes.
Em termos práticos, os depósitos à ordem passam a ser extorquidos aos depositantes, graças a taxas e taxinhas. Apesar de serem verdadeiros roubos, em nada preocupam Pires de Lima. O ministro da economia limita-se a manifestar incómodo com a taxa de 1 € que António Costa quer cobrar aos turistas que cheguem a Lisboa, prática já seguida em muitas cidades do mundo e cuja justiça já aqui defendi.
O governo está, pois, mais preocupado com os turistas do que com os portugueses e a sua reacção ao aumento das taxas sobre depósitos reduziu-se a um mero encolher de ombros, sinónimo da expressão “ é o mercado a funcionar”.
Já fomos obrigados a pagar as vigarices de Oliveira e Costa no BPN e os lucros das acções do dr. Cavaco. Vamos ser obrigados a pagar as vigarices de Ricardo Salgado no BES e, se algum outro banco falir, continuará a ser o tuga a receber a conta e a nota de encargos. Nem o governo reage, nem a justiça actua, apesar de as vigarices serem visíveis e confirmadas por auditorias independentes. O tuga "Come e Cala".
Um dia destes talvez acorde e dê uns coices mas, se esse dia chegar, será demasiado tarde. As contas estarão no zero, os cofres dos bancos vazios e banqueiros e os governantes responsáveis por este regabofe estarão a gozar a reforma com o guito que avisadamente depositaram em off shores, a conselho dos banqueiros. Livre de impostos e a coberto de quaisquer incómodos.
Qualquer dia ainda pagamos para nos receberem o dinheiro...
ResponderEliminarOnde irá isto parar?!
Amigo, boa semana
Nós já pagamos para ter lá o dinheiro.
Eliminar«Nós já pagamos para ter lá o dinheiro».
EliminarSem dúvida! Basta dar uma olhadela nos extractos bancários para ver o seguinte:
- Despesas de manutenção.
- Imposto de selo.
- Imposto sobre juros de depósitos a prazo (para quem tenha).
Na prática já se paga para ter o dinheiro nos bancos.
Carlosamigo
ResponderEliminarA Sãozitamiga esgotou o assunto: disse tudo.
Abç & qjs para ela
COMO SEMPRE UM ARTIGO FANTÁSTICO. PARA UM ARTIGO FANTÁSTICO UM GRUPOhttps://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=cgJRlu3ws3w
ResponderEliminarDE MULHERES RUSSAS LINDAS E CULTAI. Espero que goste
Grande parte das comissões que os bancos cobram não têm qualquer justificação.
ResponderEliminarO que era suposto era o Banco guardar as poupanças dos clientes, investir essas poupanças, remunerar os clientes que lhe tinham confiado o dinheiro para ser investido.
ResponderEliminarParece que este paradigma mudou muito......
Também sou do tempo em que as contas à ordem davam juros, pequeninos mas davam. E não foi assim há tanto tempo. Abri a minha primeira conta bancária pela mão do meu pai em 1989 e na altura havia de facto juros. Mas agora nicles!
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