O clube dos viscondes anda em reboliço, desde que um plebeu ascendeu à presidência. Bruno Carvalho é talentoso e tem pinta de ministro.
Aquele ar de feirante da Feira do Relógio, o apoio a um trafulha como Mário Figueiredo para presidir à Liga e, principalmente, os repetidos processos disciplinares levantados a atletas, na tentativa de arranjar um pretexto para os despedir sem ter de lhes pagar as indemnizações a que têm direito, são características que o qualificam como ministeriável.
É certo que a tentativa de despedir Marco Silva, numa altura em que o Sporting é a única equipa portuguesa a lutar em quatro frentes não lhe saiu a preceito, porque os sócios do clube reagiram negativamente a essa possibilidade.
Bruno, porém, não desiste e pediu a ajuda de José Eduardo, um viscoso lambedor de botas que, no dia seguinte a defender a continuidade de Marco Silva como treinador, escreveu um abjecto artigo no jornal "A Bola" que define bem a sua sabujice. Será um forte candidato a secretário de estado do ministeriável Bruno. Para já, de um processo crime não se livra, o que em certa medida enriquece o seu curriculo.
Embora uma grande parte dos sócios e simpatizantes leoninos tenha manifestado na comunicação social a sua discordância com Bruno de Carvalho e condene a sua excessiva verborreia, há quem goste. Como é o caso de Carlos Mané, um jovem formado em Alcochete, que disse com profunda convicção estar disposto a dar a vida pelo seu presidente.
Ninguém de bom senso estaria disposto a dar a vida por um presidente, seja ele qual for, mas Mané é jogador de futebol. Um puto certamente bem intencionado, a quem ninguém disse que só se deve dar a vida por algum familiar próximo.Nunca pelo patrão.
Ajudem o Carlos Mané a perceber isso, antes que o puto se perca e acabe a assinar pelo Benfica.