Continuando a análise às autárquicas
ontem iniciada aqui
Sintra- O cenário é exactamente igual ao de Gaia. Vitória apertada para o PS, com o independente ( vice de Seara) em segundo lugar. Se o PSD – terceiro a alguma distância dos dois primeiros- conseguir eleger um vereador, as contas ficam baralhadas e o candidato independente poderá ser o fiel da balança.
Oeiras- Será Moita Flores derrotado pelo fantasma de Isaltino Morais? Se Paulo Vistas vencer, como indicam algumas sondagens, será uma derrota humilhante para o PSD. ( O PS está fora da corrida).
É muito curioso observar o comportamento dos eleitores oeirenses- o concelho com mais licenciados por metro quadrado e um daqueles onde as pessoas têm mais poder de compra.
A vitória de Paulo Vistas confirmará que até o fantasma de Isaltino é capaz de vencer um candidato apoado por uma máquina partidária
Seja quem for o vencedor, será uma luta renhida ( esperemos que sem mais cenas de pugilato) e, se o PS conseguir eleger um vereador, as contas poderão ficar baralhadas como em Sintra ou Gaia. Com a diferença de que, neste caso, poderá ser o PS o fiel da balança. Uma aliança PSD/PS em perspectiva?
Loures- Aqui não há candidaturas independentes.O PS poderá manter a câmara, mas a vitória será cerrada, com apenas mais um vereador do que a CDU. Os dois vereadores do PSD farão por isso a diferença e- diz a experiência – a tendência nestas situações é haver uma aliança CDU/PSD contra o PS. Foi graças a uma aliança semelhante que Rui Rio conseguiu garantir o seu primeiro mandato no Porto e perpetuar-se à frente da autarquia durante 12 anos.
Resumindo: a noite eleitoral de domingo poderá ser bem mais animada do que se poderia esperar. Há candidatos que terão uma vitória com sabor amargo e alguns derrotados – nomeadamente independentes- que, sendo fundamentais para facilitar uma maioria ao vencedor, poderão sorrir.
Irá ser determinante, nos dias seguintes, saber com quem se aliarão os independentes do PSD (ou Rui Moreira, no Porto), até porque dessas alianças poderá - em alguns casos- fazer-se uma extrapolação para as legislativas de 2015.