No sábado, o governo invadiu a auto estrada com os seus carros de luxo( terão pago portagens?) e gasolina paga por todos nós ( não podiam ter alugado um autocarro e ir em grupo para poupar?), e reuniram-se no mosteiro de Alcobaça.
Era suposto Paulo Portas apresentar o guião para a reforma do estado mas, como já aqui escrevi, Paulo Portas não faz a mínima ideia sobre o que deve ser essa reforma, por isso entregou um documento envergonhado a Passos Coelho.
O primeiro- ministro terá olhado para aquilo como um boi para um palácio e remeteu-se ao silêncio. Conclusão? Os ministros foram passear até Alcobaça, desperdiçaram gasolina, pagaram horas extraordinárias aos motoristas e, no final, não se passou nada. Quer dizer... alguma coisa se passou, mas foi a divulgação de uma pouca vergonha.
O ministro Maduro, quiçá inspirado no seu homónimo venezuelano, propôs em conselho de ministros a realização de conferências de imprensa diárias,o que não deixa de ter um cariz picaresco, mas também preocupante...
Ao contrário do que ouvi por aí, não me parece que a estratégia seja fazer passar a mensagem do governo. Maduro parece-me ser suficientemente perspicaz para perceber que ao fim de uma semana muitos jornalistas, cansados de não ver respondidas as suas perguntas, vão deixar de aparecer. Passam a comparecer apenas os engajados com o governo que depois difundirão, ao bom estilo do SNI do Estado Novo, a mensagem que o governo pretende transmitir. Esse é o objectivo do governo. Passar a ser uma central de informação manipuladora, com a colaboração de meia dúzia de funcionários com cartão dos partidos do governo.
Aquilo não foi um conselho de ministros informal, foi um programa de discos pedidos onde todos queriam ouvir o " Ó tempo volta p'ra trás"