Alguns comentadores, jornalistas e equiparados, que ultimamente têm zurzido em Passos Coelho, criticam o PS por recusar o convite do PM para um baile de máscaras.
Compreendo as reacções, reveladoras de medo pela eventual perda de alguma influência (e de cachets), no caso de o panorama político se alterar nos próximos meses.
Gostaria no entanto de lembrar a essa gente que vive na órbita do poder, o seguinte:
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O governo ignorou o PS desde o dia em que tomou posse e até fez gala disso, dando a entender que não precisava dos socialistas para nada;
- Pedro Passos Coelho humilhou mais do que uma vez o PS, com afirmações actos e omissões que envergonhariam qualquer homem de bem. Seguro não ripostou e deixou-se utilizar como saco de boxe da aliança destruidora do país;
- O convite de PPC ao PS não foi da sua iniciativa, mas sim uma imposição da troika. (É bom não esquecer que, por diversas vezes, vozes da troika avisaram que para o programa de destruição do nosso país ser possível, era necessária uma grande convergência do governo com o PS e os parceiros sociais, mas PPC, obnubilado pelo poder e convencido que a sua arrogância e prepotência seriam suficientes para domesticar o melhor povo do mundo);
- Apesar de orgulhoso, arrogante e prepotente, PPC é também cobarde, pelo que acatou as ordens da troika e veio anunciar publicamente que iria convidar o PS para ser seu parceiro de desgraça. Como já aqui escrevi, este convite está envenedado e tem como único objectivo comprometer o PS, acusando-o de ser responsável por eleições antecipadas, ao recusar o amável convite.
Ninguém com dois dedos de testa
aceita um convite de uma pessoa que o pretende apunhalar pelas costas.
Ninguém, com um mínimo de dignidade, se apresenta a eleições como alternativa,carregando o ónus de ter sido conivente com os coveiros do país.
Tenho aqui feito duras críticas a Seguro mas acredito que, apesar de inapto, seja uma pessoa honesta- o que o diferencia definitivamente da dupla Coelho/Portas. O líder do PS não poderia aceitar um convite para participar numa farsa montada por um bandido, criminoso e aldrabão, que se apoderou do pote com o único intuito de roubar os portugueses e distribuir os proventos de quem trabalha pela escumalha que o guindou ao poder.
Desde o dia em que encontrei Miguel Relvas a apascentar-se com Dias Loureiro, no Museu do Arroz, em Troia, que percebi quais são os verdadeiros intentos desta escumalha que assaltou o Estado com o propósito de o destruir.
Os comentadores, jornalistas e comandita associada, que agora vêm com o argumento das responsabilidades do PS no estado em que o país se encontra, são certamente coniventes com o governo e andaram a disfarçar. Ou, então, não têm uma pinga de caracter, pois só uma pessoa sem carácter aceitaria o convite de um grupo de bandidos para uma festança, cujo único objectivo é assassinar os convivas e repartir os despojos.