As eleições autárquicas 2013 começam a aquecer os motores.
Há um ano, Luís Filipe Menezes tinha quase certa a sua eleição para a Câmara Municipal do Porto mas, para ter o apoio do PSD, viu-se obrigado a abanar repetidamente as orelhas, aplaudindo entusiasticamente todas as medidas do governo.
Relvas fez questão de ir a Gaia dar o seu beneplácito à candidatura de Meneses e o edil de Gaia cometeu o erro de o receber de braços abertos. Se nessa altura a sua vitória já era periclitante, aparecer ao lado de Relvas retirou-lhe credibilidade. Os portuenses não costumam perdoar estas coisas e o CDS apressou-se a dar mais uma machadada nas pretensões de Meneses, recusando apoiar a sua candidatura.
Não é certo que se concretize, mas há cada vez mais vozes entre os democratas cristãos a defender a candidatura de Rui Moreira, um homem que tem vindo a ganhar peso e credibilidade, mesmo entre os laranjas.
Luís Filipe Meneses dificilmente será o novo presidente da câmara do Porto, salvo se o CDS Porto for obrigado a fazer uma pirueta e acatar ordens de Portas mas, mesmo assim, a eleição de Meneses não está assegurada. A última palavra pertence aos eleitores portuenses, normalmente avessos a apoiar candidatos muito alinhados com Lisboa e com um governo que ostensivamente ataca interesses da cidade. Rui Rio poderá finalmente suspirar de alívio.