Paulo Portas gosta de submarinos, mas Relvas e Passos Coelho preferem os aviões.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Conseguirá Poirot desvendar o mistério?
Uma das secretárias de Pedro Passos Coelho, que já fora secretária pessoal de Relvas ( bolas, são tão siameses que até partilham as secretárias?) foi despedida / demitida por, alegadamente, ter utilizado indevidamente bens do primeiro-ministro.
A notícia não esclarece que tipo de bens, mas certamente que não foram a ética, a honestidade, ou a moral, porque o PM tem esses valores guardados num local a que só a D. Laura tem acesso.
Presumo que também não tenham sido jóias, nem o Renault Clio e muito menos os carros que o PM utiliza nas suas deslocações, porque esses são bens do Estado.
Apesar de o PM passar mais tempo no gabinete, do que em casa, também não me parece que, na esteira de Monica Lewinsky, se tenha apropriado de algum pendericalho do PM. E muito menos, indevidamente...De que se terá então apropriado Helena Belmar?
Não sou detective, mas antes de chamarem o Poirot para investigar, talvez seja melhor perguntarem ao Relvas qual era a missão que tinha sido confiada à sua ex-secretária no gabinete do PM. Sou capaz de apostar que ele tem a resposta. Quem sabe se não estará neste negócio, ou outro similar?
Uma surpresa...ou talvez não!
A Academia gosta de surpreender com a escolha dos prémios Nobel da Literatura.
Este ano a opinião pública apostava em Murakami, muito por força da trilogia IQ 84 que, sendo uma obra excelente ( estou a ler o terceiro volume, acabado de sair) não é, em minha opinião, o seu melhor trabalho.
Escritor muito favorito, é quase certo que não ganha o Nobel e, por isso, a minha aposta ia para Ariano Suassuna ou para Ismail Kadaré que há muito merecia ter sido galardoado.
A escolha recaiu no chinês Mo Yan, também apontado entre os favoritos, mas cuja obra desconheço em absoluto. Aliás, tanto quanto julgo saber, só há um livro dele traduzido para português ( Ulisseia, 2007) e, no catálogo da FNAC on line, apenas consta o título em inglês: Big Breasts and Wide Hips.
Confesso que me lembro de ver o livro nos escaparates, mas não fui atraído pelo título nem pelo autor, apesar de costumar ter algum feeling nesta matéria. Provavelmente, enganei-me.
Confesso que me lembro de ver o livro nos escaparates, mas não fui atraído pelo título nem pelo autor, apesar de costumar ter algum feeling nesta matéria. Provavelmente, enganei-me.
Posto isto, fico à espera que o menino Jesus me ofereça o livro no Natal. É sempre bom conhecer um escritor novo...
Pensando bem, a escolha de Mo Yan tem lógica. Um brasileiro só no próximo ano, ou em 2014. Se a lógica se mantiver, claro...
Quanto a Ismail Kadaré, talvez venha a ser mais um dos escritores injustiçados que nunca ganhará um Nobel, apesar de o merecer. Como Lobo Antunes, por exemplo...
Dois homens e um destino ( versão portuguesa)
Um queria ser cantor, outro queria voar. Sonhos falhados, fizeram-se à vida. O candidato a cantor foi administrar uma empresa, o piloto frustrado foi brincar aos aeroportos com dinheiro do erário público. Juntos, formaram centenas de pessoas para desempenharem funções em aeroportos que não existiam. O contribuinte pagou.
O piloto frustrado queria mais e, unindo o seu destino ao do falhado cantor lírico, concordaram avançar juntos, para uma empresa ainda maior: conquistar o pote de ouro que lhes satisfaria a ganância.
Estava o pote à guarda de um vigilante desleixado, quando decidiram arriscar. Com mentiras e promessas de recompensas generosas, iludiram os guardas da quinta que lhes deram as chaves do cofre onde estava guardado o pote.
Quando finalmente o alcançaram, chamaram o capataz Vítor e prometeram-lhe sociedade, mediante a condição de matar os guardas. Não pela força das armas, mas pela condenação à fome.
E foi assim que o cantor falhado e o piloto frustrado, escreveram o destino de um país chamado Portugal.
Um dia destes descartarão o amanuense Vítor, mas Pedro e Miguel selaram com sangue das suas vítimas um pacto eterno. Inseparáveis até à morte, preparam-se para assaltar o pote europeu, depois de terem esvaziado o pote luso.
Este ano ainda nos vão mais ao bolso?
“O Conselho de Ministros de 10 de outubro aprovou a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2013, que será enviada para a Assembleia da República até ao próximo dia 15 de Outubro, bem como uma proposta de lei que procede à alteração do Orçamento do Estado para 2012, de forma a cumprir as exigências fixadas no Memorando de Entendimento e reforçar as condições necessárias ao crescimento da economia portuguesa”.
Ao fim de 20 horas de reunião, o governo colocou esta pequena nota no Portal do Governo. Duas notas breves:
1-Fica por saber quem é que foi vencido pelo cansaço e acabou por aceitar coisas com que não concorda ( alguém de bom senso acredita que ao fim de 20 horas encerrados numa sala, aqueles tipos ainda conseguissem pensar alguma coisa de jeito?)
2-A frase do comunicado, que destaquei a bold, deve significar que até ao final do ano ainda nos vão meter mais a mão no bolso. Esperem pela pancada!
O pragmatismo de Ângela Merkel
(Post não aconselhável a pessoas susceptíveis)
Não sei se repararam ( nos telejornais foi bem visível...) que na visita de Ângela Merkel a Atenas, depois dos discursos finais, a chancelerina dirigiu-se a Samarras e disse-lhe qualquer coisa ao ouvido. Obviamente que revi a notícia centenas de vezes e estou agora em condições de divulgar aos leitores que Merkel, depois de ter ouvido Samaras dizer "o povo grego sangra" pretendeu confortá-lo e disse:
- Não se preocupe, meu amigo. Eu sei o que isso custa mas, com a idade, esse problema passa.
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