No processo legislativo francês são habituais as triangulações na segunda volta, para assegurar a vitória de um determinado candidato. A equipa de futebol de sonho dos bleus, que venceu o Mundial 98 e o Europeu de 2000, também era mestre na arte das triangulações. Sempre inovadores, os franceses criaram agora uma triangulação amorosa que extravasou da cama para o palco da política.
Quem haveria de dizer que aquele francês com nome de Países Baixos e ar ingénuo haveria de ser o responsável pela criação deste ménage à trois político –sexual que anda a fazer furor nas redes sociais e na imprensa?
É óbvio que neste caso a dupla feminina não funciona na perfeição, porque Valérie é possessiva e ciumenta e Ségolène ambiciosa. Vai daí, Hollande está em dificuldades. Já tenho lido e ouvido diversos comentários sobre o comportamento de Valérie, condenando-a pelo facto de não ter respeitado as decisões de Hollande.
Consideraria esta acusação cabotina, não se desse o caso de Valérie ter aceitado as mordomias de um gabinete de primeira dama, facto que a liga institucionalmente à presidência. A partir desse momento tem obrigação de acatar as decisões do presidente, como qualquer funcionário de gabinete. Ou então, demite-se…
Mas neste caso passional que agita a vida política francesa
com algumas pitadas de humor Ségolène Royal não deixou os seus créditos por mãos alheias e entrou na peixeirada, proclamando ser ela a mãe dos quatro filhos de Hollande. Por isso, também reclama direito a outras mordomias, na qualidade de procriadora do grupo.
Por cá também temos um ménage à trois político, mas com diferenças substanciais. O triângulo é constituído por três homens, sendo Seguro o elemento passivo e Coelho o fornicador de serviço. Não se percebeu ainda bem, é o papel de Portas…