Disse-me uma joaninha que o governo vai aprovar uma Lei que estabelece um prazo de validade para a vida dos portugueses. Aos 70 anos devem morrer, dando-lhes o governo duas alternativas: a morte natural, ou uma injecção atrás da orelha. Esta, será fornecida gratuitamente, desde que os descendentes do morto se comprometam a pagá-la no prazo de 10 dias após a realização do funeral.
Quem optar por continuar por cá deixa de ter direito à reforma e aos cuidados de saúde, sendo ainda obrigado a pagar ao Estado um imposto de sobrevivência.
Ficam isentos do pagamento do imposto e mantêm os direitos adquiridos, os militantes do PSD e do CDS que tenham prestado serviços relevantes aos partidos: membros do governo, deputados, membros dos Conselhos de Administração de empresas do Estado ou por ele tuteladas por via indirecta, fundadores do BPN e todos os autores de crimes de colarinho branco que o governo considere terem dado provas de desonestidade e falta de princípios morais e éticos, nomeadamente a prática de actos de corrupção, violação dos direitos cívicos, exploração de trabalhadores e desrespeito pelas leis gerais do país, nomeadamente a Constituição.
A mesma fonte confidenciou-me que o governo elaborará, anualmente, uma lista secreta dos militantes contemplados com a isenção, que ficará à guarda de Miguel Relvas, a quem competirá vigiar o comportamento diário dos membros da lista. Para o efeito, irá ser publicado um despacho que autoriza Relvas a contratar mais 20 lambideiras para o seu gabinete.
O governo estuda ainda a hipótese de reduzir o prazo de validade da vida dos portugueses que até aos 25 anos não se tenham inscrito no PSD ou no CDS.
Esta Lei será mandada publicar em livro com encadernação de luxo, servindo de apêndice ao livro com o programa do PSD que custou aos portugueses 12 mil euros. Será impresso numa tipografia de gente do PSD, porque dá a garantia de triplicar o preço do mercado, valorizando assim o produto.