Este ano, devido à falta de verba ( não esqueçam que tempo é dinheiro) receei não poder atribuir os tradicionais Prémios “Escorpião de Ouro”, uma tradição do CR desde 2008. No entanto, consegui uma verba inesperada no Banco de Horas e, este ano, a lista de prémios e premiados ultrapassa mesmo a dos anos anteriores, razão pela qual me vi obrigado a proceder à sua revelação em duas sessões. No intervalo, será exibido o filme “Sangue do meu Sangue” e os Deolinda interpretarão o seu último sucesso “ Que parva que eu fui”.
Prémio Escorpião de Ouro com Palma ( Prémio Carreira) - Para todos os líderes europeus que estão actualmente no poder e demonstraram à saciedade que a direita não sabe nada de História. Ao privilegiar as políticas economicistas, vão conseguir destruir a Europa e transformá-la novamente num palco de guerra.
Prémio Multiópticas- Paulo Portas. Só um problema de visão explica que tenha andado durante uma década a esgrimir a segurança e a luta contra a criminalidade, como bandeira do CDS, e agora que a criminalidade violenta disparou, coincidindo com a sua chegada ao governo, se remeta ao silêncio.
Prémio Sonotone- Ângela Merkel. Só a surdez justifica que se mantenha indiferente aos avisos de Helmuth Kohl, de grandes líderes mundiais e dos mais reputados economistas ( entre os quais se encontram vários Prémios Nobel), persistindo na destruição da União Europeia.
Prémio Listerine- Eduardo Catroga pela frase: “ vocês só discutem pintelhos”Prémio Loja dos Trezentos- Privatizações das empresas públicas portuguesas mais emblemáticas.
Prémio “Quando o telefone toca”- Miguel Relvas. Assim que lhe põem um microfone à frente, é como um programa de discos pedidos. Fala sobre tudo, mesmo sem perceber o que diz.
Prémio Caramelos Vaquinha- João Duque pela frase: “ A bem da Nação, a informação da RTP deve ser filtrada e trabalhada. Um tratamento que não deve ser questionado”.
Prémio Pursenide- Ex –aequo para Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas e Alexandre Mestre pelo conselho dado aos portugueses “ Se não tem trabalho em Portugal, emigre. E faz você muito bem!”
Prémio Danacol- Ex –aequo para Paulo Macedo, pela destruição do SNS, e Vítor Gaspar por ter conseguido tirar as gorduras aos portugueses.
Prémio Bacalhau Pascoal- Para os padres que se envolveram numa cena de pugilato, à vassourada, na Igreja da Natividade, em Belém.
Prémio Santa Casa da Misericórdia/Euromilhões- Mira Amaral, feliz contemplado com a compra do BPN por tuta e meia.
Prémio “Ó Abreu, dá cá o meu”- Os boys nomeados dirigentes para organismos cuja extinção tinha sido previamente anunciada.
Prémio Garganta Funda- Álvaro Santos Pereira. Todas as semanas anuncia medidas para o crescimento da economia, mas não se viu ainda nem uma.
Prémio Turismo de Portugal - Álvaro Santos Pereira, contratado para ministro da Economia em Vancouver, depois de ter posto um anúncio num blog.
Prémio Restaurador Olex- Justiça portuguesa, pela capacidade em reabilitar os criminosos de colarinho branco.
Prémio Pescanova- Teresa Caeiro, por ter protagonizado a maior cena de peixeirada e má criação televisiva do ano.
Prémio Margarina Vaqueiro- Ex aequo para José Gomes Ferreira e Camilo Lourenço, pelas suas análises políticas.
Prémio Luís de Matos- Primavera Árabe. Prometeu a democracia ma, pela magia das eleições, esta eclipsou-se num ápice.
Prémio Pinóquio – Pedro Passos Coelho, por se ter destacado como o mentiroso compulsivo do ano.
Prémio Cohn Bendit- Cavaco Silva que até Junho andou a apelar aos sobressalto cívico e durante a campanha eleitoral para as presidenciais incentivou as escolas privadas a saírem à rua em protesto contra as medidas do governo.
Amanhã serão revelados os restantes galardoados, entre os quais se encontram os vencedores dos prémios Sensodyne, Marretas, Novas Oportunidades, Margarida Rebelo Pinto ou Maya.