
terça-feira, 1 de junho de 2010
Dicionário de Estrangeirês

O ataque de Israel
Dia da Criança:rewind com dedicatória
Este post foi escrito como cartão de Boas Festas, no Natal de 2008, mas adapta-se na perfeição ao Dia da Criança que hoje se assinala. E já agora, este também...
Adenda: A republicação destes posts não se deve apenas a falta de tempo. É também um tributo aos leitores que aportaram a este Rochedo recentemente e, por isso, nunca os leram.
Pac Man: eles comem tudo
Nas entrelinhas deste post, estava a ideia de que, ao contrário do anunciado pelos profetas da Terra Prometida, a globalização nos iria trazer em vez de melhor distribuição da riqueza, o triunfo dos glutões. A tentativa de compra da Portugal Telecom pela Telesp é apenas mais uma prova disso. A tendência - acentuada nos últimos anos - aponta para que as grandes empresas absorvam as de menor dimensão, numa réplica empresarial do Pac Man. Será cada vez mais difícil a grandes empresas de pequenos países, como Portugal, escaparem ao canibalismo do mercado, onde impera a lei do mais forte.
Dia da Criança

Com apenas dois anos, os pais alugavam-na diariamente a uma vizinha que a utilizava como chamariz para pedir esmola junto de pessoas condoídas."Beliscava-me para eu chorar e às vezes batia-me até ficar negra, para que as pessoas sentissem pena"- explica sem grande ressentimento.
Um dia, três anos mais tarde, Laura foi devolvida aos seus progenitores por alegadamente estar excessivamente pesada e já não despertar "sentimentos de caridade".No dia em que deixou de ser "menina de aluguer", Laura foi sovada com chicote pelo pai que a acusava de comer demasiados doces que os clientes de uma pastelaria das Avenidas Novas frequentemente lhe ofereciam.Meses mais tarde, carregando com a culpa de "não servir para nada e ter sido despedida", Laura entrou para uma escola primária na zona do Lumiar. Desses tempos, recorda uma professora bondosa e de olhar sereno que constantemente a acarinhava e incitava a estudar "para ser uma grande mulher", mas o sentimento de culpa não a largava e Laura, mal terminadas as aulas, ia expiar as suas culpas vendendo "pensos rápidos" aos automobilistas que passavam na zona do Campo Grande.
Laura repartia o seu tempo entre as filas de trânsito e a escola. E assim foi crescendo, alheia ao mundo que a rodeava, emoldurado de crianças iguais a ela, brincando com "Barbies", sem direito ao sonho de um dia casar de grinalda e flor de laranjeira com o "Ken" do conto de fadas da sua imaginação.
"Menina de aluguer" nasceu... também assim cresceu!A Laura que hoje está diante de mim, sentada à mesa de um "bar americano", tem 19 anos e uma filha de apenas dois, para quem reserva os melhores momentos. No ecrã de uma televisão distante, desfilam figuras de telenovela às quais não se pode equiparar, mas que nela despertam as recordações dos tempos em que o pai e um tio a perseguiam à compita, atraídos pelo despertar de um corpo "de cobiça".
Por trás de um verde olhar mesclado de tristeza, esconde-se ainda uma esperança no futuro com que sonhou no dia em que, incapaz de suportar as disputas familiares e já apaixonada pelo Marco, a ele se entregou , em troca de promessas de "Liberdade". Foi esse o dia da partida (tinha então apenas16 anos) para um destino incerto que "quis o acaso" a conduziu ao mesmo bar onde hoje, em troca de uma garrafa de espumante, me conta a sua ainda curta vida. Vida povoada de sonhos, onde cabe ainda a força para terminar o 11º ano e arrostar com as dificuldades de uma licenciatura como assistente social "porque não quero mais ver crianças a sofrer como eu sofri".
Dos tempos repartidos entre o Campo Grande e a escola, passou a tempos divididos entre o aconchego a clientes da noite e o prazer de "viajar" na companhia dos livros que a acompanham até ao local de trabalho. "Sabe, a vida da noite não está fácil e muitas vezes, como não há clientes, aproveito o tempo para estudar ou para ler".
O patrão, caso raro, também se mostra compreensivo . Perante a força indómita de Laura e a sua "fúria de aprender", quando a noite "está mais fraca" lá a manda para casa, para os braços do seu Marco,onde desfruta de alguns momentos de ternura partilhados com Daniela, a filha de um momento de liberdade.
A "guerra" dos OGM
A activista ambiental Marian Mayet, Directora do Centro de Biosegurança em
Joanesburgo, não acredita nas alegações da Monsanto e exigiu uma investigação governamental rigorosa e uma interdição imediata sobre todos os alimentos contendo OGM's, alegando não ser admissível que se cometa o mesmo erro com três variedades de milho diferente,
Pelo país dos blogs (52)
A Papoila coloca aqui uma questão que me parece muito pertinente. Creio ter uma explicação para este estado anímico dos portugueses. Basta ver o azedume com que alguma blogosfera e comunicação social reage a qualquer boa notícia, para perceber que há gente que se compraz a empurrar-nos para baixo, contagiando-nos com o seu "bota abaixismo". Esta notícia não é de hoje, mas é um bom exemplo do que escrevo. Poderíamos até chegar ao final do ano a crescer 4%, porque os velhos do Restelo continuariam a defender que é um crescimento conjuntural. Talvez até tenham razão mas nós precisamos de elevar um pouco a nossa auto-estima e não de estar constantemente a auto flagelar-nos e a carpir mágoas.
Como se tudo isto não bastasse, ainda temos uma oposição que tudo faz para desacreditar o país além fronteiras. O que vale é que a partir de hoje e até Portugal ser eliminadodo mundial de futebol , só vai dar bola. Repararam no tempo que os telejornais dedicaram à "investidura" do Mourinho no Real Madrid? Foi só aperitivo...